A
presidente Dilma Rousseff afirmou na noite desta terça-feira (23), em discurso
durante um evento de prefeitos em Brasília, que os juros no Brasil foram
reduzidos para "patamares aceitáveis", mas vão continuar
"subindo e descendo".
No
início da tarde, em entrevista no Palácio do Planalto, a presidente disse que
não falaria mais sobre juros para não dar base à "especulação"
Na
semana passada, o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central decidiu
elevar a taxa de juros de 7,25% para 7,5% ao ano, a primeira elevação da Selic
desde julho de 2011, quando a taxa subiu de 12,25% para 12,5%.
No
discurso, que abriu o 2º Encontro dos Municípios com o Desenvolvimento
Sustentável – Desafios dos Novos Governantes Locais, promovido pela Frente
Nacional de Prefeitos, Dilma afirmou que o país precisa crescer “num ritmo
acelerado”, antes de fazer o comentário sobre a variação da taxa de juros.
“Este
país tem de crescer acelerado. Para ele crescer acelerado, ele tem que ser
competitivo. Daí porque fizemos um grande esforço, do início do governo até
hoje. Primeiro, nós reduzimos os juros brasileiros para patamares aceitáveis.
Reduzir os juros para patamares menores não significa que ele não suba e não
desça, não suba e não desça. Ele vai continuar subindo e descendo, mas ele vai
fazer isso num nível mais adequado para os padrões internacionais e portanto
mais competitivo”, declarou.
A
presidente também também defendeu o controle da inflação e pediu aos prefeitos
uma “gestão eficiente” porque, segundo ela, nenhum país do mundo virou um país
desenvolvido sem que se tornasse "crescentemente mais eficiente".
"Isso é um esforço de cada um de nós”, declarou.
A
presidente disse que é “obrigação” do Estado ajudar os municípios a manter seus
programas sociais, mas disse que precisa cumprir a Lei de Responsabilidade
Fiscal e garantir que a inflação “esteja sob controle”.
“Eu
cumpro a Lei de Responsabilidade Fiscal e garanto que as contas fiscais
brasileiras sejam estáveis. Eu tenho de garantir também que a inflação neste
país esteja sob controle. Então eu tenho um orçamento dado e regras bem claras.
Não posso criar despesa sem apontar receita, e isso cria para o governo federal
regras bem claras de gestão dos recursos públicos", declarou.
Ela
também destacou o fato de ter desonerado a folha de pagamentos de diversos
setores e afirmou que o Brasil tem um dos menores níveis de desemprego do
mundo, atualmente em 5,7%.
“Esse
menor nível de desemprego no mundo permite também que tenhamos hoje um mercado
pujante, uma demanda imensa no setor de serviços e permite também que nos
tenhamos junto o controle da inflação, o fato de termos um país fiscalmente
estável”, afirmou a presidente.
Fonte: G1 Brasília/Foto: Roberto
Stuckert-PR
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