O
prazo para tanto a defesa quanto a acusação apresentarem recursos termina na
quinta-feira (2). A Procuradoria-Geral da República, no entanto, já informou
que não recorrerá.
Os
primeiros réus que apresentaram embargos, nome dado aos recursos no STF, foram
o publicitário Marcos Valério; Simone Vasconcelos, ex-funcionária da agência de
Valério; o advogado Rogério Tolentino, ex-sócio de Valério; o deputado federal
Valdemar da Costa Neto (PR-SP) e Cristiano Paz, outro ex-sócio de Valério.
São
dois os tipos de embargo nesta instância judicial. Os de declaração podem ser
apresentados tanto pelos condenados quanto pelos absolvidos e servem para
questionar omissões, contradições ou obscuridades nos votos dos ministros, mas,
em tese, não têm poder de modificar a decisão. No entanto, a defesa pode pedir
que o embargo tenha efeito modificativo.
Os
embargos infringentes só podem ser apresentados pelos réus que tiverem sido
condenados com ao menos quatro votos favoráveis. Se forem aceitos, podem
reverter a condenação.
Há,
porém, uma polêmica envolvendo os embargos infringentes. Eles estão previstos
no regimento do STF, mas não na lei. É provável que, antes de julgar os
infringentes, os ministros decidam em plenário se vão aceitá-los ou não.
No
total, 25 dos 37 réus foram condenados no julgamento por participarem de um
esquema de pagamento de propina, parte com dinheiro público, em troca de apoio
parlamentar no início do primeiro governo de Luiz Inácio Lula da Silva
(2003-2006).
Fonte: Fábio Campana
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