Os
sete jurados condenaram, na madrugada deste domingo (21), 23 policiais
militares pela morte de 13 presos, em 1992, na Casa de Detenção do Carandiru,
na Zona Norte de São Paulo. A pena é de 156 anos de prisão para cada, mas eles
podem recorrer em liberdade. Três dos 26 réus foram absolvidos. A sentença foi
lida pelo juiz José Augusto Nardy Marzagão à 1h15 no Fórum da Barra Funda.
A advogada de defesa, Ieda Ribeiro de Souza, disse que já entrou com o recurso contra as condenações. "Eu vi com muita frustração. A diferença foi de um voto. Eu não esperava nenhuma condenação", disse ao deixar o fórum. "A condenação não reflete o pensamento da sociedade. Um único jurado definiu o futuro desses homens", lamentou.
O promotor disse que saiu "muito satisfeito". "A Promotoria de Justiça está absolutamente satisfeita. Tivemos a acolhida pelo Tribunal do Júri e a punição aplicada pelo magistrado foi adequada", afirmou. O outro promotor do caso, Marcio Friggi, defendeu a corporação e reforçou a necessidade de punição "a maus policiais".
Questionado
sobre o balanço da sentença, anunciado pela defesa, Márcio Friggi disse que não
é possível afirmar que a decisão ocorreu por quatro votos a três. “O júri se
decide por maioria de votos. Não sei qual é a base dessa afirmação [do placar
de 4x3]. Isso não correu para todos os quesitos. As respostas não são todas
abertas. Assim que é apontada a maioria, o juiz encerra a abertura. Então não
foi possível definir esse número”, disse.
Fonte: G1/Fotos: Nathália Duarte
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