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terça-feira, 23 de abril de 2013

Famílias à margem da pobreza garimpam sustento em ecoponto



Em tempos em que o consumismo norteia o modo de vida de grande parte da população, uma realidade ainda se mantém camuflada atrás de montanhas de lixo. São inúmeras famílias que vivem à margem da pobreza e encontram no garimpo dos ecopontos a única forma de sobrevivência.
Na zona Leste de Londrina, este cenário é real na área de invasão conhecida como "Morro do Carrapato", um local onde vivem homens, mulheres, crianças e adolescentes, muitas vezes sustentados por pouco mais de R$ 100 por mês.
O contraste dessa realidade pode ser atribuído à ferrovia, que separa o Morro do Jardim Laranjeiras. É como se a linha de trem fosse o limite, onde se exclui essa população dos demais que têm os mínimos direitos de cidadania garantidos.
Para eles, sobreviver do lixo é a oportunidade de manter o mínimo de dignidade. Garimpar o ecoponto dia e noite, durante horas, é uma rotina onde não há espaço para sonhar acordado. O desejo de cada um é momentâneo, onde o que importa é o dia que se tem pela frente.
A qualquer hora do dia é possível encontrar vários "garimpeiros" espalhados entre as montanhas que se formam no ecoponto instalado entre os jardins Monte Cristo, Santa Fé e Morro do Carrapato. Mas é nas primeiras horas da manhã que a maioria deles se mistura entre restos de galhos, brinquedos, móveis, recicláveis e roupas. A convivência diária os aproxima e cria um círculo de amizade, onde se diz poucas palavras, mas trocam-se muitos "achados".
Fonte: Folha Web

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